Os moradores de São João Del Rei, na Região Central de Minas Gerais, se queixam do atendimento da rede de saúde pública na cidade, depois que uma bactéria atingiu crianças do município. As principais reclamações estão relacionadas à sobrecarga de pacientes e à falta de pediatras na rede pública.
Aline Teixeira, moradora da cidade, conta que o filho, de 9 anos apresentou uma dor de cabeça na escola e, diante da preocupação geral com a doença, quando buscou a criança, foi com ele para a Santa Casa de Misericórdia de São João Del Rei. Lá, a mãe foi informada de que se tratava de uma alergia, mas ela questionou o diagnóstico: “Não tinha condições de ser uma alergia”.
Assim como as outras crianças infectadas, o filho de Aline apresentava febre, vômito, manchas e infecção na pele. Os medicamentos receitados foram para alergia e dores de cabeça e de garganta, que não resolveram o problema. A mãe voltou à Santa Casa e se deparou com o local lotado.
“Chegando lá, estava lotado de crianças passando mal. São João del-Rei está um caos, de tanta criança doente”, relata Aline. A solução foi recorrer ao sistema de saúde de Barbacena, onde foi solicitada uma bateria de exames: de sangue, urina e fezes, confirmando que se tratava de uma bactéria.
Além disso, Aline relata que a rede de saúde pública não tem médicos pediatras, tanto na Unidade de Pronto Atendimento quanto na Santa Casa, e os pediatras da rede particular estão com a agenda cheia. “Só tem vaga para a semana que vem, então tenho de adivinhar que meu filho vai passar mal e marcar a consulta para a próxima semana?”, questiona.
Nas redes sociais, um internauta comentou sobre o caso: “Acho um absurdo não ter pediatras de plantão nos postos de saúde nem nos hospitais. A saúde aqui em São João vai de mal a pior mesmo”, reclamou.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata