O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta terça-feira que os "inimigos" que planejaram protestos anti-governo em Teerã na segunda-feira vão fracassar.
Milhares de pessoas protestaram na segunda-feira no centro de Teerã, convocadas pelos líderes da oposição, o ex-premiê Mir Hossein Mousavi e pelo ex-presidente do parlamento Mehdi Karubi, apesar da proibição imposta pelas autoridades.
Oficialmente, as manifestações tinham como objetivo apoiar os movimentos populares no Egito e na Tunísia.
Dois partidários do regime iraniano morreram nas manifestações, segundo novo balanço publicado pelo deputado Kazem Jalali, membro da Comissão de Segurança e Política Externa do Parlamento, citado pela agência Isna. Várias pessoas ficaram feridas, entre elas nove policiais.
"Está claro e evidente que a nação iraniana tem inimigos porque é um país que quer brilhar e alcançar seu pico, e quer mudar as relações (entre os países) no mundo", disse Ahmadinejad em entrevista ao vivo na emissora estatal.
"Claro que existe muito animosidade, mesmo contra o governo. Mas eles (os organizadores dos protestos) vão fracassar", disse, quando questionado sobre a reação aos protestos contra o governo que ocorreram nas ruas de Teerã na segunda-feira.
Bate-boca no Parlamento
Durante uma sessão parlamentar realizada nesta terça-feira, deputados da maioria conservadora lançaram violentos ataques verbais contra os chefes da oposição.
"Estes senhores (Mousavi e Karubi) que publicaram esta declaração caíram na armadilha dos Estados Unidos. O Parlamento condena esta ação americano-sionista, antirrevolucionária e antinacional", declarou o chefe do parlamento Ali Larijani, em referência à convocação da manifestação.
Mousavi e Karubi estão há dias sob prisão domiciliar.