Jornal Estado de Minas

Governo bloqueia a internet na Líbia

Redes sociais como Facebook e Twitter contribuiram para queda de regimes na Tunísia e no Egito

Emerson Campos
Apoiadores do governo sairam às ruas e combateram com violência os opositores no último dia 17, que foi batizado de "Dia de Fúria" - Foto: AFP PHOTO/MAHMUD TURKIA
Depois do crescimento da onda de protestos contra o regime de Muammar Kadafi, no poder desde 1969 na Líbia, o governo decidiu bloquear totalmente o acesso à internet no país, relataram diferentes agências de notícia na manhã deste sábado.
O objetivo da ação seria impedir a organização dos manifestantes através de redes sociais como o Facebook e Twitter, apontados por especialistas como ferramentas fundamentais nas mobilizações que permitiram a derrubada do presidente egípicio Hosni Mubarack e a chamada "Revolução de Jasmim", na Tunísia, que forçou a saída do ditador Zine El Abidine Ben Ali, que governava o país desde 1987.

Mortes na Líbia

Ao menos 84 pessoas morreram durante os protestos na Líbia nas últimas 72 horas, revelou a Anistia Internacional, acusando as autoridades de atirar contra os manifestantes.

Segundo fontes do hospital Al Jala de Benghazi, uma das cidades mais afetadas pelas manifestações, a maior parte das vítimas apresenta ferimentos de bala na cabeça.

"Esta alarmante progressão do número de vítimas e a natureza dos ferimentos sugere que as forças de segurança receberam autorização para utilizar força letal contra manifestantes desarmados", destacou Malcolm Smart, diretor da Anistia para Oriente Médio e África.

*Com agências