Depois do crescimento da onda de protestos contra o regime de Muammar Kadafi, no poder desde 1969 na Líbia, o governo decidiu bloquear totalmente o acesso à internet no país, relataram diferentes agências de notícia na manhã deste sábado.
O objetivo da ação seria impedir a organização dos manifestantes através de redes sociais como o Facebook e Twitter, apontados por especialistas como ferramentas fundamentais nas mobilizações que permitiram a derrubada do presidente egípicio Hosni Mubarack e a chamada "Revolução de Jasmim", na Tunísia, que forçou a saída do ditador Zine El Abidine Ben Ali, que governava o país desde 1987.
Mortes na Líbia
Ao menos 84 pessoas morreram durante os protestos na Líbia nas últimas 72 horas, revelou a Anistia Internacional, acusando as autoridades de atirar contra os manifestantes.
Segundo fontes do hospital Al Jala de Benghazi, uma das cidades mais afetadas pelas manifestações, a maior parte das vítimas apresenta ferimentos de bala na cabeça.
"Esta alarmante progressão do número de vítimas e a natureza dos ferimentos sugere que as forças de segurança receberam autorização para utilizar força letal contra manifestantes desarmados", destacou Malcolm Smart, diretor da Anistia para Oriente Médio e África.
*Com agências