Manifestantes, estimados entre centenas e milhares, se reuniram no centro de Argel neste sábado, mas foram impedidos de chegar à Praça 1º de Maio, onde os líderes de oposição planejavam realizar novos protestos contra o regime do país do Norte da África. Por semanas, os argelinos têm ido às ruas, inicialmente para protestar contra o aumento dos preços e depois para pedir reformas políticas profundas. O governo, reagindo aos protestos e à onda de manifestações que ocorre na região, prometeu concessões, entre elas a suspensão do estado de emergência na Argélia. Até agora, a Argélia não explodiu no tipo de violência que resultou na derrubada dos governos da Tunísia e do Egito e que deixou mortos também em países como Bahrein, Líbia e Iêmen. Os grupos de oposição Rali pela Cultura e Democracia (RCD) e Liga Argelina pela Defesa dos Direitos Humanos disseram que os manifestantes que se reuniam perto da praça foram agredidos por forças de segurança e dispersados depois que vários ficaram feridos. O RCD e a Liga disseram que os serviços de trem para a capital vindos da região leste de Kabylia - um reduto oposicionista - foram interrompidos, enquanto os carros procedentes da área foram parados em bloqueios na estrada. As informações são da Dow Jones.