Tahar Besbas, deputado do RCD, recebeu uma pancada no estômago de um policial e bateu a cabeça no chão ao cair, informou um porta-voz do partido de oposição, Mohsen Belabbas. Besbas perdeu os sentidos e foi levado com
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Manifestantes na Argélia não podem ir à praça centralOposição da Argélia mantém sua marcha apesar de promessas do governoArgélia promete encerrar estado de emergência este mêsApós 19 anos, Argélia vai encerrar estado de emergênciaNo entanto, um porta-voz da defesa civil argelina negou que o deputado estivesse ferido. Besbas "teve um momento de esgotamento, muito provavelmente por causa do cansaço e da pressão alta. Nossa equipe médica o atendeu e não tinha nada", disse um porta-voz oficial.
Outro líder da oposição, Rachid Malaui, bem como um manifestante de uns 60 anos, desmaiaram enquanto eram cercados por um cordão policial antes de ser socorridos pelos bombeiros, informou um colaborador da AFP.
Outra pessoa levou um golpe no rosto de um policial, segundo Jalil Mumen, um dos organizadores do protesto, que disse que no total uma dúzia de pessoas ficou ferida nas manifestações. Assim como aconteceu no sábado passado, quando uma marcha da CNCD foi bloqueada, ônibus com policiais usando capacetes, cassetetes e escudos, e veículos blindados tomaram as ruas da cidade da capital e um helicóptero sobrevoava a cidade.
Fontes oficiais informaram à AFP que "nove unidades da polícia foram mobilizadas na praça", levando em conta que "uma unidade é composta por 90 a 120 homens" para conter esta manifestação, proibida assim como todas as passeatas em Argel desde 2001.
Entre os manifestantes estava a presidente da Liga Argelina dos Direitos Humanos (LADDH), Mustapha Buchachi, e Abdenur Ali-Yahia, presidente de honra da organização, de 90 anos. A CNCD é uma coalizão de partidos, membros da sociedade civil e sindicatos autônomos, surgida em 21 de janeiro no rastro das manifestações do começo do ano, que deixaram 5 mortos e mais de 800 feridos.
Sua principal reivindicação é o fim do regime de Abdelaziz Buteflika, a quem consideram responsável pela alta taxa de desemprego, aos problemas de habitação e o aumento de preços, problemas similares aos que vivem Tunísia e Egito e que desencadearam revoltas nos dois países.