Um médico da cidade de Benghazi, a segunda maior da Líbia, disse que forças controladas pelo coronel Muamar Kadafi mataram no sábado pelo menos 200 manifestantes opositores do governo que estavam enterrando os corpos de outras 35 pessoas mortas em um protesto realizado um dia antes.
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Mohammed Abdullah, líder exilado da Frente de Salvação da Líbia, disse que as tropas do governo em partes de Benghazi, Beyida e Tobruk romperam os laços com o comando em Trípoli, capital da Líbia. Ele acrescentou que protestos menores ocorreram na noite de sábado nos arredores de Trípoli, e que os manifestantes foram rapidamente dispersados por forças de segurança.
Jamal Eddin Mohammed, de 53 anos e morador de Benghazi, disse que milhares de pessoas estão participando de uma passeata em direção ao cemitério da cidade para enterrar outros manifestantes mortos. O trajeto, segundo ele, inclui o palácio residencial de Kadafi e o quartel-general do governo. "Tudo está guardado nesse complexo, escondido por paredes atrás de paredes. As portas abrem e fecham e soldados e tanques saem, sempre de surpresa e na maior parte das vezes depois de escurecer", acrescentou.