Em seis dias de protestos na Líbia, o número de mortos pode chegar a 233, segundo a organização não governamental (ONG) Human Rights Watch. Na última noite, houve tiroteios intensos em diversos bairros de Tripoli, após o discurso de Seif Al-Islam, filho do dirigente líbio Muammar Kadhafi.
Segundo Islam, as forças do governo reagirão a todas as manifestações contrárias a Kadhafi - que está no poder há quase 42 anos. Ele assumiu o governo depois de um golpe militar. "Vamos lutar até o último minuto, até a última bala", disse Seif al-Islam Kadhafi na televisão, adiantando que o Exército está ao lado de Kadhafi. “O Exército terá um papel fundamental na imposição da segurança, porque representa a unidade e estabilidade da Líbia", acrescentou. Para ele, o número de vítimas divulgado pelos órgãos de comunicação social estrangeiros é “muito exagerado”.
No entanto, os protestos se intensificam a cada dia. A sede de uma estação de televisão e rádio públicas em Tripoli foi saquea nesse domingo à noite. Houve ainda incêndios em postos da polícia e comitês revolucionários.
Demonstrando que o governo não cederá, o filho de Kadhafi, no discurso à televisão disse que, “neste momento, carros deslocam-se de Benghazi conduzidos por civis. Em Al-Baïda, as pessoas têm espingardas e pilharam depósitos de munições. Nós temos armas, o Exército tem armas e as forças que querem destruir a Líbia têm armas”.