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Estado de Minas

Kadafi aparece na TV e diz que ainda está na Líbia


postado em 21/02/2011 21:05 / atualizado em 21/02/2011 23:14

Khadafi desmentiu boatos que ele estivesse deixado a Líbia(foto: Libya TV/Reuters )
Khadafi desmentiu boatos que ele estivesse deixado a Líbia (foto: Libya TV/Reuters )
 

O líder da Líbia, Muamar Kadafi, fez uma breve aparição na noite desta segunda-feira para desmentir notícias de que ele teria deixado o país. “Ainda estou em Trípoli e não na Venezuela”, disse Khadafi, que aparece no vídeo sentando em um carro, diante de um prédio parcialmente destruído.

“Estou satisfeito porque eu estava falando com os jovens da Praça Verde nesta noite, mas começou a chover.” O líder líbio qualificou as informações de que teria fugido para Caracas como “rumores maliciosos” divulgados por “canais maliciosos”.

“Não acreditem nessas TVs. Eles são todos cachorros. Até logo”, afirmou Kadafi, que falou durante menos de um minuto. Foi sua primeira aparição na TV desde que as manifestações explodiram no país, há três dias.

Mais cedo, o chanceler britânico, William Hague, havia citado informações sobre uma possível ida de Khadafi à Venezuela, o que foi negado pelo governo venezuelano.

Ninguém em casa

Em comunicado, o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, também negou a informação e disse ter conversado com o chanceler líbio, Moussa Koussa, quem informou que Khadafi permanecia em Trípoli.

Mas a correspondente da BBC em Argel Chloe Arnold citou também relatos de um repórter confiável que foi à casa de Kadafi em Trípoli nesta segunda-feira.

Ele disse que havia poucos seguranças nos portões e que, aparentemente, não havia ninguém na casa. Repórteres da BBC apuraram que Khadafi estava em território líbio quando conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na tarde desta segunda-feira. Na conversa, Ban disse ter pedido o fim imediato da violência contra os manifestantes e proteção para a população civil.

Segundo organizações de direitos humanos e fontes médicas, mais de 200 pessoas já foram mortas durante os protestos.


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