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Estado de Minas

TV oficial da Líbia nega massacres no país


postado em 22/02/2011 07:11 / atualizado em 22/02/2011 07:33

Manifestantes exibem cartazes contra Kadafi(foto: REUTERS/Stringer )
Manifestantes exibem cartazes contra Kadafi (foto: REUTERS/Stringer )
A televisão oficial líbia negou nesta terça-feira as informações sobre "massacres" contra os manifestantes que exigem a queda do regime de Muamar Kadafi, no poder há 42 anos, e denunciou "mentiras e boatos". "Dizem que acontecem massacres em várias cidades, vilarejos e bairros na Líbia. Devemos lutar contra estes rumores e mentiras, que fazem parte de uma guerra psicológica", destacou a emissora Al-Jamahiriya. "Estas informações pretendem destruir vossa moral, vossa estabilidade vossas riquezas", completou o canal.

Testemunhas em Trípoli denunciaram "massacres" em alguns bairros da cidade, depois que o canal oficial informou que as forças de segurança atacavam os "ninhos dos sabotadores".

Liga Árabe

A Liga Árabe se reunirá na tarde desta terça-feira no Cairo para examinar a crise na Líbia, cenário de distúrbios cada vez maiores. O encontro contará com a participação de embaixadores dos 22 membros da organização.

O secretário da Liba Árabe, Amr Musa, manifestou na segunda-feira "extrema inquietação" com a violenta repressão das manifestações contra o coronel Muamar Kadafi. Ele pediu o fim de todas as formas de violência. "As reivindicações de todos os povos árabes, que exigem reformas, desenvolvimento e mudança, são legítimas e compartilhadas no mundo árabe, sobretudo neste momento da história árabe", afirmou Musa. O representante permanente da Líbia na Liga Árabe, Abdel Moneim al-Honi, renunciou ao cargo no domingo para aderir à "revolução" no país.

Navios de guerra iranianos

Dois navios de guerra iranianos entraram no canal de Suez na manhã desta terça-feira para passar ao Mediterrâneo, o que não acontecia desde 1979 e foi chamado de "provocação" por Israel. "Os dois navios entraram no canal às 05h45 (0h35 de Brasília) para passar ao Mediterrâneo", afirmou à AFP uma fonte da administração do local. Em geral, um navio demora de 12 a 14 horas para cruzar o canal. Uma fonte do Conselho Supremo do Exército egípcio declarou na noite de segunda-feira ao canal privado Dream que a autorização foi concedida em acordo com a Convenção de Constantinopla de 1888, que autoriza a passagem de navios militares pelo canal de Suez.

O Egito autorizou a passagem dos navios pelo canal de Suez depois de enviar sinais contraditórios. Primeiro afirmou que não havia recebido nenhuma solicitação e depois deu a entender que os dois navios estavam bloqueados. Segundo a agência oficial iraniana Fars, os dois navios são o "Kharg", barco de reabastecimento e apoio de 33.000 toneladas, e a fragata de patrulha "Alvand", ambos de fabricação britânica. O "Kharg", com 250 tripulantes, pode transportar até três helicópteros.

O "Alvand" está equipado com torpedos e mísseis. Israel, que considera o Irã um grave perigo para sua segurança, denunciou uma "provocação" por meio do ministro das Relações Exteriores, o falcão da direita nacionalista Avigdor Lieberman. Segundo uma fonte diplomática iraniana, os dois navios devem fazer uma visita de "rotina" nos próximo dias à Síria.


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