O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, convocou nesta terça-feira os ministros de seu gabinete para analisar a crise na Líbia, ante a ameaça de uma chegada em massa de imigrantes clandestinos e das repercussões para a economia da Itália pelo enorme volume de negócios da antiga colônia.
A Itália, principal sócio comercial da Líbia, teme que "a situação se degenere com consequências para a estabilidade política e para a integridade territorial deste país do norte da África", afirmou a mesma fonte.
O chefe de Governo italiano e seus ministros examinarão especialmente os aspectos econômicos da crise, assim como o efeito sobre os fluxos migratórios.
As autoridades italianas temem uma onda de imigrantes procedentes desta região e aumentaram o nível de alerta nas bases militares. Além disso, enviaram duas fragatas ao sul da Sicília, a 340 quilômetros da Líbia.
Os laços econômicos entre Itália e Líbia foram reforçados a partir de 2008 com a assinatura de um acordo histórico com o qual Roma se comprometeu a pagar cinco bilhões de dólares em 25 anos como indenização para cicatrizar as feridas do colonialismo.
O acordo permitiu à Itália assinar muitos contratos e ser beneficiada por uma "chuva de petrodólares".