A Turquia não deseja sanções contra o regime líbio que possam castigar a população, afirmou à AFP o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, enquanto Estados Unidos e União Europeia (UE) examinam a possibilidade de adotar medidas deste tipo em consequência da violenta repressão às manifestações contra Muamar Kadafi. "Não é correto atuar com precipitação neste tipo de situação. E não é correcto, neste momento, adoptar sanções contra a Líbia, pois estas medidas castigarão a população", declarou Erdogan.
A UE também anunciou que está disposta a adotar sanções contra o coronel Muamar Kadafi e seu regime ante a violência da repressão. "Nossa tarefa não consiste em interferir nos assuntos da Líbia. O povo líbio decidirá seu destino", afirmou o chefe de Governo turco. "Estou convencido de que aqueles que estão no comando na Líbia terminarão por enxergar esta realidade", completou, antes de afirmar que a situação na Líbia é "muito inquietante". A Turquia tem interesses econômicos na Líbia, onde é responsável por muitas obras.
Nos últimos três dias, Ancara repatriou mais de 5.000 turcos dos 25.000 que vivem na Líbia.