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Estado de Minas

Presidente da Itália nega que país tenha vetado sanções contra Líbia

Os governos de Alemanha, França e Finlândia têm pressionado o Comitê Político e de Segurança da União Europeia para adotar medidas contra o governo de Kadafi, como a suspensão da venda de armamentos ao país


postado em 24/02/2011 15:18

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, rebateu as informações de que seu país estaria impedindo eventuais sanções da União Europeia (EU) contra a Líbia por causa da repressão em represália aos manifestantes que protestam contra o governo de Muammar Kadafi.

De acordo com Napolitano, "não existe nenhum veto por parte da Itália", e a UE "poderá discutir sobre essas sanções". O mandatário fez estas declarações em Berlim, no término de um encontro com o presidente da Alemanha, Christian Wulff.

O bloco europeu encarregou a especialistas em questões jurídicas e diplomáticas que estudem a adoção de possíveis sanções econômicas contra o governo de Kadafi.

Alemanha, França e Finlândia têm pressionado o Comitê Político e de Segurança para adotar essas resoluções. Por ora, a UE apenas concordou em suspender as negociações para assinar um acordo de cooperação política e econômica que mantinha com a Líbia.

Entre as sanções previstas, segundo fontes diplomáticas, estão a proibição de exportação de armamento para a Líbia, o veto de visto para Kadafi entrar em países da UE e o congelamento dos ativos financeiros dos principais dirigentes líbios. Vários países europeus já decidiram suspender de forma unilateral as exportações de armas para a nação africana.

A eventual adoção dessas medidas exige unanimidade entre os 27 países que compõem o bloco e a informação que se tinha era de que Itália, Malta e Chipre, que pertencem ao bloco, se opuseram à proposta.

A UE já tinha manifestado sua disposição em realizar uma intervenção humanitária na Líbia. "É uma das possibilidades com a qual estamos trabalhando em relação aos planos de emergência que estamos preparando para colocar em prática diante dos diversos cenários", explicaram as fontes, que completaram que as informações a quem têm acesso são controversas.

Os números oficiais apresentados atestam que cerca de 300 pessoas morreram por causa da violência das manifestações no país africano. No entanto, o presidente da Comunidade do Mundo Árabe na Itália (Comai) informou hoje à ANSA que as vítimas poderiam estar entre cinco e sete


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