Com a decisão, as Forças de Segurança tiveram seus poderes reduzidos, especialmente em questões ligadas à segurança interna.
O fim do estado de emergência havia sido anunciado no início desta semana, mas foi oficializado apenas nesta quinta-feira, quando o diário oficial do governo publicou a decisão.
A medida foi originalmente imposta em 1992, ano de início da guerra civil no país (que foi até 2002), sob alegação de ajudar as autoridades a combater rebeldes islâmicos.
Corrupção
Assim como outros países da região, a Argélia vem sendo palco de protestos nas últimas semanas.
Além de pedir reformas democráticas, os ativistas protestavam contra o aumento nos preços dos alimentos. A corrupção e a baixa qualidade dos serviços públicos também aumentam a insatisfação dos argelinos.
Neste mês, o presidente, Abdelaziz Bouteflika, permitiu protestos em todo o país, exceto na capital, Argel.
Mesmo assim, manifestantes desafiaram a determinação e realizaram em janeiro e fevereiro passeatas que acabaram em violência na cidade.
Bouteflika, de 73 anos, está na Presidência desde 1999 e é acusado por muitos de se manter no poder por meio de um regime repressivo, com base justamente no estado de emergência.