Uma semana depois da eclosão dos conflitos, a Líbia está produzindo menos 25% do seu volume normal. Ontem, Kadafi usou sua declaração à TV estatal para fazer uma ameaça à União Europeia e à comunidade internacional. “Se os cidadãos não vão trabalhar, o abastecimento de petróleo será cortado.” Enquanto falava, o preço do barril registrava a alta de 10% na semana e o maior valor em mais de 30 meses.
A fala de Kadafi foi seguida por declarações de rebeldes de que todos os campos no sul da Líbia já não estavam sob o controle do governo. A meta dos rebeldes é secar a fonte de renda do governo. No caso da Líbia, 90% da arrecadação vem do petróleo. Diante do risco de desabastecimento, os sauditas tomaram a iniciativa de negociar um novo fornecimento, uma medida que viria acompanhada de alta na produção do cartel do petróleo. Em Riad, a constatação foi de que até a recuperação da economia mundial estaria ameaçada e um preço “justo” para o barril seria algo entre US$ 70 e US$ 80. Mas nem todos na Opep concordam com os sauditas. Irã e Venezuela rejeitam a ideia de alta na produção, que faria os preços voltarem abaixo de US$ 100.