A União Europeia e os Estados Unidos anunciaram nesta nesta sexta-feira planos de adotar sanções contra a Líbia em resposta à violência do governo contra manifestantes que pedem a saída do líder Muamar Khadafi. Na Europa, os países-membros do bloco concordaram em impor um embargo de armas contra a Líbia e bloquear os bens de autoridades do governo líbio em seu território.
Entre as restrições acertadas também está a proibição da venda para a Líbia de outros equipamentos, além de armas, que possam ser usados para reprimir manifestantes e da entrada de personalidades líbias em território europeu durante um período de tempo indeterminado.
A lista de pessoas afetadas ainda não está definida, mas deve incluir o líder do país, Muamar Khadafi, e membros de sua família. O acordo para a adoção das sanções foi alcançado nesta sexta-feira durante uma reunião de altos funcionários dos países membros do bloco, em Bruxelas, e poderá ser formalizado na segunda-feira, durante uma reunião de ministros de Energia.
Até lá, as autoridades europeias esperam ter concluído a repatriação dos cerca de 3,5 mil europeus que ainda estão na Líbia.
Intervenção militar
"É hora de agir. Devemos exercer toda a pressão possível para tentar deter a violência", afirmou a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, durante uma reunião de ministros de Defesa da UE na cidade húngara de Godollo. No entanto, Ashton assegurou que a opção de uma intervenção militar "não foi levantada por ninguém até agora".
Também presente na reunião, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, informou que a Aliança estuda a possibilidade de estabelecer uma área de proibição de voos sobre a Líbia com o objetivo de evitar que o Exército possa bombardear alvos civis, como teria ordenado Khadafi.
O estabelecimento desse perímetro dependeria de um mandato do Conselho de Segurança da ONU, explicou Rasmussen. Em paralelo, a Comissão Europeia (órgão Executivo da UE), anunciou nesta sexta-feira que destinará 3 milhões de euros em ajuda humanitária para atender às necessidades básicas da população civil que está fugindo da Líbia para os países vizinhos.
Os fundos serão entregues a agências da ONU, à Cruz Vermelha Internacional e a outras ONGs que atuam nesses países. A Organização Internacional para a Migração (OIM) estima que necessita pelo menos US$ 11 milhões para auxiliar uma primeira leva de refugiados da Líbia.
Segundo a organização, 40 mil pessoas já cruzaram a fronteira com o Egito e com a Tunísia “nos últimos dias” em um fluxo que aumenta diariamente.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o governo americano está “iniciando uma série de medidas em nível unilateral e em nível multilateral para pressionar o regime na Líbia a parar de matar seu próprio povo”.
“Nós decidimos colocar em ação sanções unilaterais que estão em processo de finalização, sanções coordenadas com nossos aliados europeus e esforços multilaterais para responsabilizar o governo líbio por meio das Nações Unidas”, disse Carney em Washington.
O porta-voz não forneceu detalhes sobre as medidas, mas disse que todas as opções estão sobre a mesma, até mesmo uma ação militar. O Departamento do Tesouro já orientou os bancos americanos a monitorar de perto transações que possam estar relacionadas à crise na Líbia.
Obama manteve contatos telefônicos sobre a situação na Líbia com diversos líderes, entre eles os da Grã-Bretanha, da França, da Itália e da Turquia. Na segunda-feira, o presidente Barack Obama deverá se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para discutir a crise na Líbia.
Embaixada americana
Os Estados Unidos também anunciaram a suspensão de todas as operações de sua embaixada na Líbia. “Devido às atuais condições de segurança na Líbia, somadas à nossa impossibilidade de garantir a segurança de nosso corpo diplomático no país, o Departamento de Estado temporariamente retirou seus funcionários da Embaixada em Trípoli e susependeu todas as operações a partir de 25 de fevereiro”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, P. J. Crowley, em um comunicado.
“A segurança da comunidade americana permanece prioritária para o Departamento e nós continuaremos a fornecer assistência na maior medida possível por meio de outras missões”, diz a nota.
A medida foi anunciada após milhares de americanos terem conseguido deixar a Líbia por via aérea e martítima. Segundo analistas, a Casa Branca aguardava a saída de cidadãos americanos do país para adotar medidas mais firmes.
Em entrevista coletiva na quarta-feira a secretária de Estado, Hillary Clinton, já havia afirmado que a prioridade do governo era a segurança de seus cidadãos.
Entre as restrições acertadas também está a proibição da venda para a Líbia de outros equipamentos, além de armas, que possam ser usados para reprimir manifestantes e da entrada de personalidades líbias em território europeu durante um período de tempo indeterminado.
A lista de pessoas afetadas ainda não está definida, mas deve incluir o líder do país, Muamar Khadafi, e membros de sua família. O acordo para a adoção das sanções foi alcançado nesta sexta-feira durante uma reunião de altos funcionários dos países membros do bloco, em Bruxelas, e poderá ser formalizado na segunda-feira, durante uma reunião de ministros de Energia.
Até lá, as autoridades europeias esperam ter concluído a repatriação dos cerca de 3,5 mil europeus que ainda estão na Líbia.
Intervenção militar
"É hora de agir. Devemos exercer toda a pressão possível para tentar deter a violência", afirmou a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, durante uma reunião de ministros de Defesa da UE na cidade húngara de Godollo. No entanto, Ashton assegurou que a opção de uma intervenção militar "não foi levantada por ninguém até agora".
Também presente na reunião, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, informou que a Aliança estuda a possibilidade de estabelecer uma área de proibição de voos sobre a Líbia com o objetivo de evitar que o Exército possa bombardear alvos civis, como teria ordenado Khadafi.
O estabelecimento desse perímetro dependeria de um mandato do Conselho de Segurança da ONU, explicou Rasmussen. Em paralelo, a Comissão Europeia (órgão Executivo da UE), anunciou nesta sexta-feira que destinará 3 milhões de euros em ajuda humanitária para atender às necessidades básicas da população civil que está fugindo da Líbia para os países vizinhos.
Os fundos serão entregues a agências da ONU, à Cruz Vermelha Internacional e a outras ONGs que atuam nesses países. A Organização Internacional para a Migração (OIM) estima que necessita pelo menos US$ 11 milhões para auxiliar uma primeira leva de refugiados da Líbia.
Segundo a organização, 40 mil pessoas já cruzaram a fronteira com o Egito e com a Tunísia “nos últimos dias” em um fluxo que aumenta diariamente.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o governo americano está “iniciando uma série de medidas em nível unilateral e em nível multilateral para pressionar o regime na Líbia a parar de matar seu próprio povo”.
“Nós decidimos colocar em ação sanções unilaterais que estão em processo de finalização, sanções coordenadas com nossos aliados europeus e esforços multilaterais para responsabilizar o governo líbio por meio das Nações Unidas”, disse Carney em Washington.
O porta-voz não forneceu detalhes sobre as medidas, mas disse que todas as opções estão sobre a mesma, até mesmo uma ação militar. O Departamento do Tesouro já orientou os bancos americanos a monitorar de perto transações que possam estar relacionadas à crise na Líbia.
Obama manteve contatos telefônicos sobre a situação na Líbia com diversos líderes, entre eles os da Grã-Bretanha, da França, da Itália e da Turquia. Na segunda-feira, o presidente Barack Obama deverá se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para discutir a crise na Líbia.
Embaixada americana
Os Estados Unidos também anunciaram a suspensão de todas as operações de sua embaixada na Líbia. “Devido às atuais condições de segurança na Líbia, somadas à nossa impossibilidade de garantir a segurança de nosso corpo diplomático no país, o Departamento de Estado temporariamente retirou seus funcionários da Embaixada em Trípoli e susependeu todas as operações a partir de 25 de fevereiro”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, P. J. Crowley, em um comunicado.
“A segurança da comunidade americana permanece prioritária para o Departamento e nós continuaremos a fornecer assistência na maior medida possível por meio de outras missões”, diz a nota.
A medida foi anunciada após milhares de americanos terem conseguido deixar a Líbia por via aérea e martítima. Segundo analistas, a Casa Branca aguardava a saída de cidadãos americanos do país para adotar medidas mais firmes.
Em entrevista coletiva na quarta-feira a secretária de Estado, Hillary Clinton, já havia afirmado que a prioridade do governo era a segurança de seus cidadãos.