Jornal Estado de Minas

Milhares de trabalhadores que fugiram da Líbia desembarcam em Malta

AFP
Milhares de pessoas que fogem da violência e do caos na Líbia continuavam chegando neste sábado ao porto de La Valeta, capital da pequena ilha de Malta, utilizada por países do mundo inteiro como escala para repatriar seus cidadãos. Nas primeiras horas da manhã, uma fragata da Marinha britânica, a "HMS Cumberland", com 207 pessoas a bordo, atracou em La Valeta procedente do porto líbio de Benghazi, situado a 1.000 km a leste de Trípoli e sob controle da rebelião contra o regime de Muamar Kadhafi. Os passageiros fizeram uma viagem extenuante em um mar Mediterrâneo agitado. O barco levou 35 horas para chegar ao destino devido às dificuldades meteorológicas. A fragata transportava principalmente britânicos, mas também cidadãos de mais de 20 países, membros do imenso mosaico de trabalhadores do mundo inteiro que operavam nesse rico Estado petroleiro. Mais tarde chegaram 2.000 chineses retirados de Benghazi a bordo de um ferry das linhas italianas Grimaldi, fretado por Pequim. Esses passageiros receberam instruções de permanecerem a bordo até a chegada de aviões para repatriá-los. Três navios fretados por Pequim já retiraram em torno de 7.000 chineses da Líbia, que fazem parte dos 33.000 trabalhadores que atuam na construção ferroviária, no petróleo ou em empresas de telecomunicações. Alguns foram retirados diretamente em aviões para Pequim.