O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que o líder líbio, Muammar Kadafi, deve deixar o poder e "partir agora", já que perdeu a legitimidade para governar, informou a Casa Branca.
"O presidente disse que quando o único meio para um líder permanecer no poder é o uso da violência contra seu próprio povo, este líder perdeu a legimitidade para governar e precisa fazer o que é adequado: partir".
Obama manifestou sua posição durante um telefonema à chanceler alemã, Angela Merkel, destaca a Casa Branca.
Fuga
Cerca de 38 mil pessoas, principalmente tunisianos e egípcios, fugiram da Líbia através da fronteira com a Tunísia desde o início do êxodo de estrangeiros há uma semana, com o agravamento do conflito entre governo de Muamar Kadafi e manifestantes. O número inclui 18 mil tunisianos, 15 mil egípcios, 2,5 mil líbios e 2,5 mil chineses, de acordo com o coronel Malek Mihoub, oficial da Proteção Civil.
Neste sábado, os britânicos disseram que cerca de 150 civis foram resgatados do país africano em dois aviões Hércules C-130. Segundo o ministro da Defesa, Liam Fox, os aviões entraram no espaço aéreo líbio e resgataram mais de 150 civis de locações no deserto ao sul de Benghazi. Os aviões já aterrissaram em Malta.
Diplomacia
O Canadá fechou sua embaixada na Líbia neste sábado e resgatou todos seus empregados em um avião de transporte militar, de acordo com o porta-voz do primeiro-ministro, Stephen Harper. Segundo o porta voz, Dimitri Soudas, o Canadá decidiu suspender sua presença diplomática na Líbia, seguindo o que já foi feito pelos americanos e outras nações. Soudas postou sua mensagem no Twitter.
Segundo ele, um avião militar C-17 deixou Trípoli com destino a Malta hoje carregando seis autoridades consulares, 18 outros canadenses e alguns cidadãos britânicos e australianos. Harper disse ontem que seu governo já resgatou cerca de 200 canadenses em vários aviões e navios, mas autoridades dizem que mais de 200 ainda estão tentando deixar o território líbio com o agravamento da crise.