A imprensa do Reino Unido comemorou neste domingo uma ação secreta das Forças Especiais Britânicas, que levou 150 trabalhadores do setor petrolífero do deserto da Líbia para Malta. Porém, centenas de outros estrangeiros permanecem na capital líbia, Trípoli. O governo britânico ainda tenta localizar outros cidadãos no país e outras missões de resgate estariam sendo planejadas. "Estamos trabalhando intensivamente para estabelecer quem está na Líbia e onde estão", disse à BBC o secretário das Relações Exteriores, William Hague.
Uma das pessoas que foi resgatada afirmou que o avião do Exército no qual ela embarcou na Líbia deveria carregar cerca de 65 pessoas, mas rapidamente esse número dobrou. "Estava bastante lotado, mas ficamos felizes de sair de lá", disse Patrick Eyles, de 43 anos, no aeroporto internacional de Malta.
Outra balsa proveniente de Benghazi, com mais 2 mil chineses, deve chegar a Creta na segunda-feira à noite, de acordo com agentes marítimos. Hoje, outro navio chegou ao porto de Piraeus, em Atenas, com 390 pessoas de várias nacionalidades, principalmente brasileiros, portugueses e britânicos.
É difícil calcular o número exato de estrangeiros que estão deixando a Líbia devido aos protestos contra o governo de Muamar Kadafi. Pelo menos 19 mil chineses, 15 mil turcos e 1.400 italianos foram retirados do país, a maior parte trabalhadores dos setores de construção civil e petróleo.
Além disso, cerca de 22 mil pessoas fugiram pela fronteira com a Tunísia e outras 15 mil cruzaram a fronteira com o Egito, de acordo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.