O governo britânico afirmou que congelou os ativos do ditador líbio, Muamar Kadafi, de membros de sua família e de pessoas que agem em seu nome. Segundo o Ministério de Relações Exteriores britânico, entre as pessoas afetadas pela decisão estão quatro filhos e uma filha de Kadafi. O ministro do Tesouro do Reino Unido, George Osborne, disse que a medida foi tomada "para que os bens não possam ser utilizados contra os interesses do povo líbio".
O governo britânico também revogou hoje a imunidade diplomática de Kadafi e de sua família e pediu ao ditador para que renunciasse, afirmou o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague. O movimento ocorreu depois que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs sanções contra a Líbia, nesse sábado.
Hague disse ainda que o ex-primeiro-ministro Tony Blair conversou com Kadafi nos últimos dias, mas não revelou o que foi discutido. O ministro defendeu as relações amigáveis de Blair com o ditador líbio no passado e também os acordos comerciais do Reino Unido com o governo de Kadafi.
Hague rejeitou as sugestões de que a Grã-Bretanha foi cúmplice da repressão na Líbia por meio da venda de armas e da negociação de petróleo e disse que era correto o governo de Blair estabelecer relações comerciais com a Líbia.
"Ele (Blair) estava certo em procurar estabelecer uma relação (...) e evitar que a Líbia buscasse programas de armas de destruição em massa e o patrocínio estatal do terrorismo internacional", declarou o ministro à BBC. "Se isso não tivesse sido feito, nós estaríamos numa situação pior agora", acrescentou.
Em entrevista por telefone à televisão sérvia Pink, hoje, Kadafi disse que não há nenhuma instabilidade no momento na Líbia. O ditador também afirmou que nenhum assassinato ocorrido no país foi obra de extremistas da Al-Qaeda. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.