A União Europeia aprovou nesta segunda-feira uma série de sanções ao governo do presidente da Líbia, Muammar Kadafi. As restrições reforçam as medidas definidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas de proibir a venda de armas, determinar o congelamento de bens de Kadafi e as pessoas ligadas a ele, além de vetar que viajem para quaisquer países europeus.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que a intenção do bloco é colaborar com o Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Estamos colaborando com os Estados Unidos e com o Conselho de Segurança [das Nações Unidas] para, de forma coordenada, aplicar medidas restritivas”, disse ela.
Em Genebra, na Suíça, para a reunião do Conselho dos Direitos Humanos que ocorrerá nesta tarde, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, reuniu-se com os chefes da diplomacia do Reino Unido, da França, da Alemanha e da Itália. Nas conversas, ela defendeu a aplicação imediata das sanções.
Na sexta-feira (25), diplomatas europeus discutiram a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o que impede Kadafi de recorrer à força aérea para combater as manifestações.
O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, anunciou que Berlim está disposta a “cortar todos os laços financeiros” com a Líbia, incluindo o congelamento de pagamentos pelas importações de petróleo líbio.
Desde 15 de fevereiro, Kadafi enfrenta uma onda de manifestações contra o governo no país. De acordo com relatos, as forças leais ao líder controlam apenas a região em torno da capital, Trípoli, enquanto os manifestantes dominam áreas importantes, como a segunda cidade do país, Benghazi.