Na periferia de Uqayla, um jornalista da AFP viu seis caminhonetes pick-up carregadas com armamento pesado dirigindo-se para o oeste.
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As forças governamentais do sul desobedeceram as ordens oficiais e começaram a se dirigir para o oeste, assegurou o capitão. "Parece que (esta desobediência) atrasou seu plano de invasão", explicou Abudullah, acrescentando que um ataque poderia ocorrer a qualquer momento.
Em Brega, a oposição se prepara para uma nova contraofensiva. Cerca de 50 rebeldes instalaram um posto de controle equipado com armas antiaéreas e construíram barricadas nas ruas frente à entrada da refinaria mais importante da cidade. Os opositores se dizem otimistas e disparam tiros para o ar sem qualquer razão, segundo o jornalista da AFP.
Na periferia de Ajdabiya, a 70 km a oeste de Brega, um jornalista da AFP viu vários carros dirigindo-se para o porto petroleiro. Alguns deles provinham de cidades mais a leste como Al Baida ou Tobruk. "Vim com quatro amigos. Não temos armas, mas esperamos conseguir uma quando chegarmos em Brega. Temos que demonstrar (a Kadafi) que este é nosso país. É o momento da jihad", explicou Mohamed, 35 anos, funcionário de banco em Tobruk.
As tropas líbias voltaram a bombardear posições rebeldes nesta sexta-feira pelo terceiro dia consecutivo, no leste do país, enquanto os líderes da oposição planejavam protestos na capital Trípoli contra o ditador.
Brega, um porto petroleiro, e Ajdabiya são dois pontos estratégicos na estrada que liga Trípoli a Benghazi, transformada em bastião da insurreição iniciada em 15 de fevereiro.
As tropas do coronel Muamar Kadafi, por sua vez, mantêm o controle do oeste, perto da fronteira com a Tunísia, onde milhares de pessoas que fugiram da repressão líbia tentam atravessar a fronteira, indicou em Genebra o Alto Comissariado da ONU para os Refugias (Acnur).