Jornal Estado de Minas

Egito: prédios dos serviços de segurança são atacados

AFP
Soldado guarda área próxima ao QG da polícia em Alexandria, na sexta-feira - Foto: REUTERS/Stringer Prédios dos serviços de segurança do Estado foram atacados neste sábado no Egito por manifestantes que buscavam provas de abusos cometidos pelo poderoso aparato, cuja dissolução é exigida pelos militantes pró-democracia, informaram testemunhas. Em Sheij Zayed, nos arredores do Cairo, centenas de manifestantes tentaram penetrar na sede local da segurança do Estado. Os funcionários destes serviços atiraram para o ar antes que o exército interviesse para impedir que o prédio fosse tomado pelos militantes. A dissolução dos serviços de segurança do Estado, acusados pelas organizações de direitos humanos de abusos e torturas, é uma das principais reivindicações dos militantes pró-democracia. Um dos manifestantes afirmou à AFP que seu objetivo era se apoderar dos dossiês de segurança do Estado "por medo de que as provas das violações sejam destruídas". "Era possível ver no interior policiais queimando papéis", assegurou uma testemunha. "As janelas estavam abertas e os papéis voavam pelas janelas", acrescentou outro, em uma conversa por telefone com a AFP. Em Marsa Matrouh, cidade situada a noroeste do Cairo, na costa Mediterrânea, um grupo de manifestantes conseguiu entrar na sede da segurança e se apoderar de documentos, antes de incendiar o edifício, do qual saía uma espessa coluna de fumaça, informou uma testemunha à AFP. Os manifestantes se sentaram depois em um café próximo para analisar os documentos, acrescentou.