Milhares de pessoas exigem renúncia do primeiro-ministro do Bahrein
A oposição dominada por grupos xiitas deseja, em particular, a abolição da Constituição de 2002.
Mas esta foi a primeira vez que os manifestantes se reuniram diante da sede do governo. Eles estão acampados desde 19 de fevereiro na Praça da Pérola, no centro de Manama.
Na sexta-feira, milhares de manifestantes formaram uma corrente humana de seis quilômetros em Manama, entre a Praça da Pérola e a mesquita sunita de Al-Fateh, para exigir a queda do governo e defender a unidade entre sunitas e xiitas.
Desde 14 de fevereiro, o Bahrein é cenário de um movimento de protesto. Sete pessoas morreram na ação da polícia no início das manifestações.
Para iniciar um diálogo proposto pelo príncipe herdeiro Salman bin Hamad Al-Khalifa, a oposição exige a renúncia do atual governo.
O xeque Ali Salmane, líder do Wefaq, principal movimento da oposição xiita, pediu uma reforma política que permita ao povo escolher o governo.
Ele defendeu a unidade entre sunitas e xiitas, e defendeu a preservação do caráter pacífico do movimento.
O xeque Salmane afirmou que os manifestantes não devem substituir a ditadura dos Al-Khalifa por uma ditadura xiita.
Violentos confrontos foram registrados na quinta-feira ao sul de Manama entre jovens sunitas e xiita, pela primeira vez desde o início dos protestos.
O governo dos Estados Unidos considera o arquipélago um aliado-chave. Manama é sede do comando da Quinta Frota, que patrulha o Golfo e protege as vias de circulação de petróleo.