Em viagem à Índia e ao Sri Lanka, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou neste domingo que o Brasil só apoiará uma intervenção internacional na Líbia se houver o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, que acompanha Patriota, disse ainda que o assessor de Segurança Nacional da Índia, Shivshankar Menon, afirmou que os indianos, também membros rotativos do Conselho de Segurança, têm a mesma posição.
Parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos Reino Unido e França, defende a intervenção ou exclusão aérea - que determina que o espaço aéreo líbio fique sob supervisão de militares estrangeiros - para pressionar a renúncia do presidente da Líbia, Muamar Kadafi. No entanto, Brasil e Índia só chancelam a proposta em meio à decisão do Conselho de Segurança.
Na visita a Nova Délhi, Patriota conversou também com o chanceler indiano, S. M. Krishna, que reiterou que, a exemplo do Brasil, a Índia é defensora da ampliação do Conselho de Segurança para que brasileiros e indianos também integrem o órgão. Ambos se comprometeram a intensificar as articulações sobre o assunto.
As conversas sobre a reforma do Conselho e o incremento das relações comerciais na região fazem parte da 7ª Reunião da Comissão Mista Ministerial do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas), marcada para este ano.
As informações são da Agência Brasil.