Cooperação multilateral na América Latina é mais ambição do que realidade, diz instituto
Do lado positivo, o relatório destaca o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), a instância de consulta, cooperação e coordenação em termos de defesa dos 12 países membros da União das Nações Sul-americanas (Unasul), e seus acordos para aumentar a transparência no relativo aos gastos, as estratégias e as operações militares.
Esta crescente integração sub-regional ficou ilustrada nos esforços conjuntos de assistência humanitária depois dos terremotos do Chile e do Haiti, e na recuperação da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).
O informe assinala, por outra parte, que, apesar de a América Latina no geral, com exceção da Venezuela, sair mais airosa da crise mundial que os outros continentes, a situação econômica global se refletiu nos orçamentos da defesa.
A região gastou 58,736 bilhões na defesa em 2009, o ano em que o documento se baseia, o que representa em média 1,38% de seu PIB, contra 57,736 bilhões um ano antes (1,35% do PIB).
O Brasil é responsável por quase metade deste gasto - 25,984 bilhões - dentro de sua Estratégia Nacional de Defesa, que inclui um importante plano de investimentos para modernizar suas forças armadas.
A seguir vem a Colômbia (9,603 bilhões), Chile (5,044 bilhões), México (4,769 bilhões) e Venezuela (3,316 bilhões).
No caso da Venezuela, o único país sul-americano em recessão em 2010, "a situação econômica calamitosa foi um obstáculo em sua busca de melhores capacidades militares", estimou o IISS.