De acordo com a lei, as lojas poderão mostrar apenas algumas informações específicas sobre os produtos, como preços. Uma consulta pública deverá ser realizada para decidir sobre a possível adoção de embalagens sem rótulos, texto ou ilustrações para os cigarros.
A nova legislação, que foi elaborada pelo governo trabalhista, que deixou o poder em maio de 2010, será adotada depois de vários anos de debates. Países como Canadá, Irlanda, Islândia e Finlândia já adotaram restrições semelhantes.
De acordo com a repórter de saúde da BBC Jane Dreaper, autoridades da Escócia já anunciaram que pretendem seguir o cronograma inglês. Também é esperado que País de Gales e Irlanda do Norte adotem as medidas.
Estima-se que um em cada cinco ingleses seja fumante. Segundo o repórter de saúde da BBC News Nick Triggle, esta proporção tem se mantido estável nos últimos anos, depois de uma queda drástica no número de fumantes nas décadas anteriores.
O ministro da Saúde britânico, Andrew Lansley, diz que as restrições fazem parte de uma nova estratégia para tentar impor um ritmo de queda no número de fumantes nos próximos anos.
Elogios e críticas
As novas medidas foram saudadas por entidades ligadas à saúde. Para o grupo antitabagista Ash, há fortes evidências de que tirar os cigarros das prateleiras evitam a formação de novos fumantes - além de proteger ex-dependentes. "Toda manhã, quando um ex-fumante vai a uma loja comprar um jornal, as empresas de tabaco estão esperando por ele, colocando a sua marca em frente a ele", disse à BBC Martin Dockrell, porta-voz do grupo.
Já os fabricantes de cigarros afirmam que a medida é meramente simbólica. Para eles, a legislação somente vai causar estorvos aos lojistas, sem trazer muitos efeitos práticos. "Fumantes não compram produtos de tabaco por impulso, eles compram porque já são fumantes", disse à BBC o executivo-chefe da Associação dos Produtores de Tabaco do Reino Unido, Chris Ogden.