Um emissário do regime líbio, Mohammed Taher Siyala, fez escala em Malta na manhã desta quarta-feira para explicar ao primeiro-ministro desta pequena ilha europeia "a posição do governo líbio" antes de seguir viagem a Portugal, anunciou o governo maltês.
Segundo um breve comunicado oficial, Siyala, subsecretário de Cooperação Internacional, parou em Malta "para explicar a posição do governo líbio em relação aos recentes eventos" em seu país.
Ele chegou por volta das 9h30 locais (5h30, horário de Brasília) e partiu duas horas depois para Portugal, após reunir-se com o primeiro-ministro maltês, Lawrence Gonzi.
"Durante a reunião, o primeiro-ministro (Gonzi) reiterou a posição do governo maltês e insistiu sobre a necessidade de colocar imediatamente um fim a todas as violências", segundo o comunicado maltês.
O encontro entre Gonzi e Siyala ocorreu antes que este último fosse para Portugal, às vésperas de uma reunião em Bruxelas de ministros europeus de Relações Exteriores sobre a Líbia e de um encontro da Otan.
O gabinete do ministro português de Relações Exteriores, Luis Amado, informou que havia aceitado receber a partir desta quarta-feira um emissário de Kadhafi, a pedido do próprio presidente líbio e em consulta com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
Outros emissários do governo líbio "estariam a caminho de Bruxelas", afirmou, por sua vez, em Roma, o chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini, após o término de uma sessão da Câmara dos Deputados.
"Dois aviões do regime líbio deixaram, aparentemente, a Líbia em direção à Bruxelas com emissários de Kadhafi a bordo, com a intenção de se encontrar com representantes da UE e da Otan amanhã (quinta-feira) e depois de amanhã", informou Frattini.