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Estado de Minas

Líder da oposição líbia pede ajuda à comunidade internacional


postado em 09/03/2011 19:09

(foto: AFP PHOTO/GIANLUIGI GUERCIA )
(foto: AFP PHOTO/GIANLUIGI GUERCIA )
O líder da oposição líbia, Mustafá Abdel Jalil, pediu ajuda à comunidade internacional, afirmando que de outra forma o líder Muamar Kadhafi "destruirá" seu país. Abdel Jalil falou sobre o assunto durante uma entrevista com a imprensa alemã que será publicada nesta quinta-feira. "Se não houver uma intervenção internacional, Kadhafi destruirá nosso país. Para ele tanto faz se as pessoas morrerem", afirmou o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), constituído pela oposição líbia, em uma entrevista ao jornal Die Welt, segundo trechos publicados nesta quarta-feira. Abdel Jalil, ex-ministro líbio da Justiça, também reafirmou sua esperança de ver instaurada uma zona de exclusão aérea para impedir os bombardeios sobre a população, apesar das reticências da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. "Uma zona de exclusão aérea é tudo o que queremos (...), mas não queremos soldados estrangeiros na Líbia", afirmou Abdel Jalil. Na terça-feira, em um discurso diante de deputados europeus, um dos representantes do CNT, Mahmoud Jebril, pediu aos europeus ajuda militar, econômica, humanitária e médica. Jebril também disse esperar da União Europeia que reconheça "o quanto antes" a oposição líbia como única autoridade legítima líbia. Mas Ashton rejeitou nesta quarta-feira em Estrasburgo envolver-se ações que possam impedir que Kadhafi massacre a insurreição, o que reflete as divisões entre os países-membros da UE. A chefe da diplomacia europeia também recusou-se a apoiar a petição do CNT de ser reconhecido como única autoridade legítima na Líbia e se mostrou hesitante em relação à possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea. Em 27 de fevereiro, um porta-voz do CNT anunciou a criação de um "Conselho Nacional" independente de transição, que representa as cidades conquistadas pelos rebeldes. A Líbia, diferentemente de Tunísia e Egito, não dispõe de instituições bem estabelecidas, partidos políticos nem meios de comunicação independentes. A ausência dessa organização torna mais difícil a identificação de futuros dirigentes para o país

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