A Otan e a UE analisam a partir desta quinta-feira, em Bruxelas, suas opções, incluindo as militares, para fazer frente ao líder líbio Muamar Kadafi, apesar de o Ocidente privilegiar por ora a prudência ante a possibilidade de intervir emum país petroleiro do mundo árabe.Robert Gates, secretário da Defesa dos Estados Unidos, e seus 27 colegas da Otan se reunirão a partir das 10H00 conscientes de que uma intervenção militar na Líbia poderá ser muito mal recebida no mundo árabe e de acordo de que, para atuar nesse sentido, necessitarão de um mandato do Conselho de Segurança da ONU e o aval dos países da região.

França e Grã-Bretanha apresantaram ante a máxima instância das Nações Unidas um projeto de resolução para criar uma zona de exclusão aérea na Líbia com o objetivo de impedir que a aviação militar de Kadafi continue bombardeando os rebeldes e civis.

Washington, no entanto, ainda atolado no Iraque e no Afeganistão, defende que qualquer opção militar deve ser tomada sob mandato do Conselho de Segurança da ONU, onde, por ora, China e Rússia, dois membros permanentes, se opõem à resolução franco-britânica.