O ditador líbio, que acusou o Ocidente de desejar controlar o petróleo do país e a rebelião de estar a serviço da rede terrorista Al-Qaeda, também enviou um representante ao Cairo, se de uma reunião da Liga Árabe no sábado.
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Cruz Vermelha "se prepara para o pior" na LíbiaOtan e UE reunidas para estudar ação ante o regime KadafiA oposição conquistou uma vitória importante ao receber o reconhecimento da França para o Conselho Nacional de Transição (CNT), instalado em Benghazi (1.000 km ao leste de Trípoli).
Paris considera o CNT o "único representante legítimo do povo líbio" e anunciou que enviará um embaixador à capital rebelde, informou um representante do conselho após um encontro com o presidente Nicolas Sarkozy.
O reconhecimento foi confirmado pela presidência francesa. A Rússia decretou um embargo sobre as vendas de armas para a Líbia, como parte das sanções aprovadas pela ONU contra o regime de Kadafi.
Mas no campo de batalha o regime parece ter sido bem sucedido na contraofensiva para reconquistar territórios perdidos desde o início da revolta, em 15 de fevereiro.
As forças de Kadafi reconquistaram Zawiya, o bastião rebelde mais próximo da capital (40 km ao oeste de Trípoli), após vários dias de violentos combates, infirmou um morador por telefone à AFP. "Os combates terminaram ontem à noite", disse a fonte, que pediu anonimato.
Na frente leste, um caça bombardeou posições rebeldes na cidade de Ras Lanuf, a área mais avançada dos insurgentes nesta região do país.
Na quarta-feira, os bombardeios provocaram um grande incêndio nas proximidades da refinaria de As Sidra. A guerra já provocou centenas de mortes e a fuga de 200.000 pessoas. Segundo o CNT, 400 pessoas morreram apenas nos ataques de Kadhafi no leste.
O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Jakob Kellenberger, informou em Genebra que a instituição se prepara para enfrentar o "pior" na Líbia. "Sempre temos que nos preparar para o pior. Neste caso específico, temos que estar preparados para uma intensificação dos combates", afirmou.
Os preços do petróleo seguiam com tendência de alta. No mercado asiático, o barril do West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos Estados Unidos) ganhava 44 centavos, a 104,82 dólares. A cotação do Brent do Mar do Norte subia 56 centavos, a US$ 116,50.