O Papa Bento XVI vetou a imagem de um Jesus Cristo politizado e revolucionário no novo livro lançado nesta quinta-feira em sete idiomas e no qual absolve os judeus como responsáveis pela morte do filho de Deus.
O segundo volume do livro do Papa sobre a vida de Cristo, "Jesus de Nazaré. Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição", tem um profundo conteúdo teológico e, em seu prefácio, Bento XVI precisa que "não se trata de um documento de magistério" (portanto, infalível), e sim um "percurso pessoal interior na busca do rosto de Deus".
A nova obra, de mais de 300 páginas, espera ser um êxito editorial como foi o primeiro volume, que, em 2007, ficou entre os mais vendidos.
Os livros do Papa geralmente viram fenômenos editoriais e recentemente o Vaticano informou que quase um milhão de exemplares do livro de entrevistas "Luz do mundo" já foram vendidos. "Desejo apresentar 'a figura e a mensagem' de Jesus. Exagerando um pouco, queria descobrir o Jesus real", escreveu Bento XVI, um reconhecido teólogo.
Em trechos que foram divulgados na semana passada, o Papa reafirmou que o povo judeu não era responsável pela morte de Cristo, tese também reconhecida por Israel e por movimentos judaicos.
O Papa também rejeita a ideia de que Jesus tenha sido um "político revolucionário". "Cristo não veio como destruidor, não chegou com a espada do revolucionário. Veio com o dom de curar (...) Ele nos mostra Deus como alguém que nos ama e seu poder é o amor", escreve o Papa, segundo uma tradução livre baseada na versão em italiano. "Não, a subversão violenta, o assassinato de outros em nome de Deus não correspondia a seu modo de ser", enfatiza o Papa.
No terceiro capítulo, dos nove que formam a obra, intitulado "Da lavagem dos pés", Bento XVI desenvolve o "mistério do traidor" e analisa a figura de Judas Iscariotes.
O papa-teólogo recorda que "Jesus teve de experimentar a incompreensão, a infidelidade na intimidade de seus amigos" para poder "cumprir as Escrituras", já que "Ele mesmo alude a seu destino através das Escrituras", que inserem Jesus na lógica de Deus, na lógica da história da salvação". "Ele carregou sobre si a traição de todos os tempos e experimentou o sofrimento de ter sido traído, suportando assim até o final as misérias da história", escreve o pontífice.
O livro também aborda a relação com a política e a violência religiosa, uma das maiores preocupações de seu pontificado devido aos crescentes ataques contra cristãos no mundo muçulmano."Não é acaso verdade que as maiores ditaduras se mantiveram graças à força da mentira ideológica e que só a verdade é aquela que concede a libertação?", questiona.
Para Bento XVI, as "consequências terríveis da violência religiosa podem ser vistas ante nossos olhos", por isso chama esta violência de "instrumento do anticristo". "Não serve à humanidade e sim à desumanidade", conclui.
Joseph Ratzinger começou a escrever esta série quando ainda era cardeal e prefeito da Congregação pela Doutrina da Fé, órgão do Vaticano encarregado de garantir a manutenção do dogma católico.
O segundo volume do livro "Jesus de Nazaré" tem uma 1,2 milhão de exemplares em sete idiomas, alemão, italiano, inglês, francês, espanhol, português e polonês.
O segundo volume do livro do Papa sobre a vida de Cristo, "Jesus de Nazaré. Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição", tem um profundo conteúdo teológico e, em seu prefácio, Bento XVI precisa que "não se trata de um documento de magistério" (portanto, infalível), e sim um "percurso pessoal interior na busca do rosto de Deus".
A nova obra, de mais de 300 páginas, espera ser um êxito editorial como foi o primeiro volume, que, em 2007, ficou entre os mais vendidos.
Os livros do Papa geralmente viram fenômenos editoriais e recentemente o Vaticano informou que quase um milhão de exemplares do livro de entrevistas "Luz do mundo" já foram vendidos. "Desejo apresentar 'a figura e a mensagem' de Jesus. Exagerando um pouco, queria descobrir o Jesus real", escreveu Bento XVI, um reconhecido teólogo.
Em trechos que foram divulgados na semana passada, o Papa reafirmou que o povo judeu não era responsável pela morte de Cristo, tese também reconhecida por Israel e por movimentos judaicos.
O Papa também rejeita a ideia de que Jesus tenha sido um "político revolucionário". "Cristo não veio como destruidor, não chegou com a espada do revolucionário. Veio com o dom de curar (...) Ele nos mostra Deus como alguém que nos ama e seu poder é o amor", escreve o Papa, segundo uma tradução livre baseada na versão em italiano. "Não, a subversão violenta, o assassinato de outros em nome de Deus não correspondia a seu modo de ser", enfatiza o Papa.
No terceiro capítulo, dos nove que formam a obra, intitulado "Da lavagem dos pés", Bento XVI desenvolve o "mistério do traidor" e analisa a figura de Judas Iscariotes.
O papa-teólogo recorda que "Jesus teve de experimentar a incompreensão, a infidelidade na intimidade de seus amigos" para poder "cumprir as Escrituras", já que "Ele mesmo alude a seu destino através das Escrituras", que inserem Jesus na lógica de Deus, na lógica da história da salvação". "Ele carregou sobre si a traição de todos os tempos e experimentou o sofrimento de ter sido traído, suportando assim até o final as misérias da história", escreve o pontífice.
O livro também aborda a relação com a política e a violência religiosa, uma das maiores preocupações de seu pontificado devido aos crescentes ataques contra cristãos no mundo muçulmano."Não é acaso verdade que as maiores ditaduras se mantiveram graças à força da mentira ideológica e que só a verdade é aquela que concede a libertação?", questiona.
Para Bento XVI, as "consequências terríveis da violência religiosa podem ser vistas ante nossos olhos", por isso chama esta violência de "instrumento do anticristo". "Não serve à humanidade e sim à desumanidade", conclui.
Joseph Ratzinger começou a escrever esta série quando ainda era cardeal e prefeito da Congregação pela Doutrina da Fé, órgão do Vaticano encarregado de garantir a manutenção do dogma católico.
O segundo volume do livro "Jesus de Nazaré" tem uma 1,2 milhão de exemplares em sete idiomas, alemão, italiano, inglês, francês, espanhol, português e polonês.