O novo gabinete de governo do Egito tentou tranquilizar a população nesta quinta-feira, após ter enviado a polícia de volta às ruas depois que violentos confrontos entre muçulmanos e cristãos deixaram 13 mortos e 140 feridos. O novo primeiro-ministro do país, Essam Sharaf, emitiu na quarta-feira um decreto que ordena à polícia que "em força total conduza os seus deveres nacionais" e impeça mais violência entre as duas comunidades. Os corpos de alguns dos mortos nos confrontos de quarta foram sepultados nesta quinta.
Na quarta-feira, a luta começou quando uma multidão de muçulmanos atacou milhares de cristãos que protestavam contra a demolição de uma igreja em Soul, vilarejo logo ao sul do Cairo. Os muçulmanos queimaram a igreja em protesto contra o namoro de uma jovem islâmica e um homem cristão. O namoro levou a uma violenta disputa entre as famílias. O pai da jovem foi morto, bem como um primo do cristão.
Funcionários da segurança egípcia informaram que, dos 13 mortos, sete eram cristãos e seis muçulmanos. Dos 140 feridos, 72 são muçulmanos e 68 cristãos. A polícia deteve 20 pessoas na noite de ontem.
Os cristãos coptas formam uma minoria de 10% dos 80 milhões de egípcios. As informações são da Associated Press.