Localizado no chamado Anel de Fogo do Pacífico, o Japão é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 graus que ocorrem no mundo. Há uma longa história de abalos sísmicos no Japão, porém outras regiões do mundo também têm registros de abalos históricos, como o Chile, os Estados Unidos e recentemente o Haiti, cujo terremoto matou mais de 220 mil pessoas, em janeiro de 2010.
Em 22 maio 1960, houve abalos na região de Valdivia, no Chile, atingindo 9,5 graus na escala Richter. Os tremores provocaram 5 mil mortos e um tsunami, que chegou às costas do Havaí e das Filipinas, onde morreram 61 e 32 pessoas respetivamente.
Dois anos depois, em 27 março de 1964, abalos de magnitude de quase 9 graus na escala de Richter atingiram o Alasca e a costa Nordeste da Califórnia, deixando 121 mortos e um tsunami com ondas de 6 metros, que mataram mais 11 pessoas em Crescent City, na Califórna.
No ano seguinte, em 28 março de 2005, abalos de 8,7 graus na escala de Richter atingiram a costa indonésia de Nias, com 547 mortos e mil desaparecidos. No ano passado, em 12 de janeiro, o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter. Mais de 220 mil pessoas morreram e até hoje muitas famílias vivem em abrigos improvisados.
Em 27 fevereiro 2010, um terremoto de magnitude 8,8 graus na escala Richter atingiu o Centro e o Norte do Chile. A estimativa é que 525 pessoas morreram e 25 desapareceram, houve ainda prejuízos materiais e o país até hoje passa pelo processo de reconstrução. Os tremores também foram acompanhados por um tsunami que matou 156 pessoas nas zonas costeiras do Chile e no arquipélago Juan Fernandez.
Hoje o Japão foi atingido pelo terremoto de magnitude 8,9 graus na escala Richter, um dos mais intensos dos últimos anos, de acordo com dados de especialistas. O epicentro foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 quilômetros da capital. Autoridades japonesas informam que, pelo menos, 26 pessoas morreram.