A União Europeia (UE) congelou nesta sexta-feira os ativos de cinco instituições da Líbia, incluindo o Banco Central e o fundo de riqueza soberana do país, que possui ativos consideráveis na região. A medida acentua a pressão sobre o ditador líbio Muamar Kadafi. "Numa visão da gravidade da situação na Líbia, outras pessoas e instituições deverão ser incluídas na lista de pessoas e entidades sujeitas às medidas restritivas", afirmou a UE. As sanções entram em vigor imediatamente.
A UE congelou os ativos do Banco Central da Líbia, do fundo de investimentos estatal Libya Africa Investment Portfolio, do Libyan Foreign Bank, do Conselho de Infraestrutura e Habitação da Líbia (HIB, em inglês) e da Autoridade de Investimento da Líbia (LIA). Essas instituições, juntamente com Mustafa Zarti, diretor da companhia de petróleo Tamoil, foram incluídos na lista de 26 pessoas adotada na semana passada.
O UniCredit, um dos maiores bancos da Itália, disse que congelou os direitos da Líbia como acionista da instituição de acordo com as resoluções da UE. A LIA possui 2,594% do Unicredit, de acordo com a página do banco na internet. O Banco Central da Líbia detém outros 4,988% na instituição. A LIA também possui 2,01% do grupo aeroespacial e de defesa Finmeccanica.
"O UniCredit anunciou que, no que diz respeito aos seus acionistas líbios, o exercício dos direitos inerentes às ações relevantes serão congelados em conformidade com essas resoluções", afirmou o banco em comunicado.