A autoridade nuclear da França informou nesta sexta-feira que está monitorando com atenção as operações nos 55 reatores nucleares do Japão, após o terremoto e o tsunami que atingiram a costa leste do país asiático hoje mais cedo. Segundo a Autorité de Sûreté Nucléaire, ou Autoridade de Segurança Nuclear (ASN), 11 dos 55 reatores foram afetados pelo desastre. A ASN disse que emitirá comunicados atualizados sobre a situação japonesa. Autoridades japonesas vai liberar vapor da aliviar a pressão num reator nuclear da usina Fukushima Daiichi, cujo sistema de resfriamento parou de funcionar. A parada ocorreu após uma queda de energia causada pelo terremoto que atingiu o nordeste do Japão.

A agência de segurança nuclear do Japão disse que a pressão dentro de um dos seis reatores da usina subiu 1,5 vez acima do normal.

Segundo a agência, o elemento radioativo no vapor que será liberado não vai afetar o meio ambiente nem a saúde humana.

Pressão nos reatores nucleares

Anteriormente, a companhia energética Tokyo Electric Power havia informado sobre a necessidade de se aliviar a pressão interna de um dos reatores nucleares. Mas o chefe do gabinete de governo do Japão, Yukio Edano, assegurou que as medidas de segurança adotadas pelo momento, como a retirada da população em um raio de três quilômetros da usina, situada no nordeste do Japão, são suficientes para garantir a segurança dos moradores da região.

Pouco antes, o ministro de Comércio do Japão, Banri Kaieda, advertiu para a possibilidade de vazamento na usina nuclear de Fukushima, segundo a agência de notícias Kyodo News.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, informou nesta sexta-feira que a Força Aérea americana entregou uma remessa de líquido de refrigeração para ajudar a resfriar o reator, cujo sistema substituto de resfriamento foi desligado pelo terremoto de magnitude 8,9 ocorrido hoje. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.