O terremoto de 8,9 pontos na Escala Richter que atingiu o nordeste do Japão nesta sexta-feira prejudicou as atividades das montadoras de automóveis no país. A situação obrigou a paralisação da produção nas unidades que ficam na região do epicentro. Honda, Toyota, Nissan e Subaru encerrarem seus turnos de produção em virtude da catástrofe.
Na tarde desta sexta-feira, a Toyota divulgou um comunicado oficial sobre a situação de suas unidades. A empresa chegou a paralisar a atividade de quatro fábricas na parte da manhã, mas retomou as atividades. A montadora informou que as fábricas de Hokkaido e Tohoku, bem como as unidades em Iwate e Miyagi, voltaram a funcionar nesta tarde. Esta última, próxima de Sendai, na região do terremoto, começou a funcionar há um ano e monta o sedã subcompacto Yaris, exportado para os Estados Unidos.
A Honda também evacuou seus funcionários de diversas unidades localizadas nas zonas de tremor. A empresa possui importantes unidades na região central do país, em cidades como Suzuka e Sayama (de onde sai o Accord). Um funcionário morreu e outros 30 ficaram feridos na planta de Tochigi, onde funciona o centro de desenvolvimento de motocicletas da Honda. O funcionário que morreu foi vítima da queda de um teto dentro da fábrica.
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Para o Brasil
Ainda não há informações sobre interrupção da importação de veículos para o Brasil. O país importa apenas carros de maior porte do Japão, como os sedãs Honda Accord e Toyota Camry, cuja demanda é menor. Veículos de maior demanda, como o Honda Fit e os sedãs Honda Civic e Toyota Corolla são produzidos em suas plantas no interior de São Paulo, enquanto crossovers como Honda CR-V e Toyota RAV4 são importados das unidades fabris na América do Norte.
Todos os grandes portos no Japão foram fechados após o terremoto. Se as portas permanecem fechadas por um longo período, as exportações de automóveis e peças japoneses para a América do Norte poderão sofrer atrasos, segundo analistas.