A terceira maior comunidade brasileira no exterior vive no Japão. Dos 254 mil cidadãos que moram lá, cerca de 650 estavam nas três províncias mais atingidas pelo terremoto. Em Ibaraki, outra localidade próxima aos tremores mais intensos, eles são quase 10 mil. A Embaixada do Brasil em Tóquio trabalha em regime de plantão 24 horas desde o abalo e mantém contato direto com o Ministério das Relações Exteriores japonês, que criou uma força-tarefa para atender demandas e fazer um levantamento de possíveis vítimas de outros países – até a noite de ontem não havia registro. A presidente Dilma Rousseff enviou uma mensagem de condolências e ofereceu ajuda ao primeiro-ministro Naoto Kan.
Em Tóquio, as comunicações foram prejudicadas, os telefones ficaram fora do ar durante muitas horas e os transportes públicos foram paralisados. "É bom que os familiares de brasileiros saibam que o contato ainda está difícil em determinados locais", informou Galvão. Alguns funcionários da embaixada foram para casa depois do susto do terremoto, mas grande parte permaneceu no local. O ministro-conselheiro Octávio Cortes estava no terceiro andar do prédio quando começaram os tremores. "O terremoto foi muito violento. Estava no meu escritório e foi difícil até descer as escadas. Apesar da violência, o Japão está muito bem preparado, e os efeitos foram mitigados por essa preparação, já que eles sofrem com a sensibilidade sísmica há vários anos", contou.
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O comediante brasileiro Luiz França, que está no Japão, na província de Gunma, postou uma mensagem em seu Twitter informando sobre a situação: "Acabamos de saber que às 3h vai rolar um terremoto forte, esperamos que não seja como o da tarde.” Ele disse que, devido aos constantes tremores, teria que dormir em um estacionamento aberto por ser mais seguro. "Estamos em um estacionamento aberto. Por aqui é mais seguro porque treme com menor gravidade. Espero que tudo termine bem. Tudo que eu mais queria era estar em casa agora!"