Jornal Estado de Minas

Radioatividade medida em uma hora alcança o máximo anual admissível no Japão

AFP

Câmera de TV registou o momento da explosão em Fukushima - Foto: REUTERS/NTV via Reuters TV

A radioatividade recebida em uma hora por uma pessoa na usina nuclear de Fukushima corresponde ao limite anual admissível, informou neste sábado a agência de notícias Kyodo.

Veja o infográfico da tragédia

Mais cedo, foi informado que radioatividade registrada na sala de controle do reator da central de Fukushima 1 atingiu um nível mil vezes superior ao normal neste sábado, após problemas de refrigeração provocados pelo terremoto seguido de tsunami que assolou a região nordeste do país.

O complexo de Fukushima sofreu uma explosão neste sábado e os moradores dos arredores da central foram aconselhados a permanecer em casa, não beber água encanada e proteger o rosto com máscaras ou toalhas molhadas, em meio a informações de que os arredores da instalação apresentava uma radioatividade 20 vezes superior às condições normais.

Césio

Césio radioativo foi detectado neste sábado perto da usina nuclear de Fukushima 1, que enfrenta uma série de problemas desde o violento terremoto que abalou o Japão, indicou a agência Kyodo, citando a Agência de Segurança Nuclear e Industrial.

A agência também afirmou que é altamente provável que esteja ocorrendo uma fusão no reator número um de Fukushima. Um porta-voz da companhia elétrica Tokyo Electric Power (Tepco), titular da central, negou, no entanto, que tal fenômeno esteja acontecendo e que a companhia estava tentando fazer subir o nível de água para esfriar o reator.Mais cedo, a Tepco informou ter liberado vapor radioativo para reduzir a pressão excessiva no reator da central nuclear.

Falta de energia

A companhia de eletricidade japonesa Tokyo Electric Power (Tepco) alertou neste sábado sobre o risco de uma interrupção da eletricidade na capital Tóquio e arredores em função dos danos causados pelo terremoto nas centrais de fornecimento da região.

A Tepco aconselhou aos cidadãos que reduzam o consumo de energia.As preocupações da Tepco decorrem da paralisação do funcinamento das usinas nucleares Fukushima 1 e Fukushima 2 situadas na zona devastada pelo terremoto seguido de tsunami.

Veja o infográfico sobre os perigos das usinas no Japão