As forças leais ao líder líbio Muamar Kadhafi mantêm neste sábado a pressão sobre os insurgentes, que pedem à Liga Árabe, reunida no Cairo, a aprovação de uma zona de exclusão aérea. Saif al-Islam Kadhafi, um dos filhos do ditador líbio, se disse confiante na vitória das tropas governamentais, afirmando em entrevista a jornais italianos que o exército já havia retomado o controle de "90% do país".Ele prometeu "guerra até o fim", acrescentando que "em breve, tudo acabaria".
"Esses terroristas não falam de democracia, de eleições, de valores: são simplesmente terroristas", disse, excluindo qualquer acordo com os rebeldes.Por sua vez, o Conselho Nacional de Transição (CNT) criado pela oposição pediu à Liga Árabe seu reconhecimento como representante da Líbia e a aprovação de uma zona de exclusão aérea.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, defendeu a criação da zona de exclusão aérea e deseja que a Liga "desempenhe um papel" em sua implementação, durante uma entrevista à publicação semanal alemã Der Siegel."Estou falando de uma ação humanitária. Trata-se de apoiar o povo líbio em sua luta pela liberdade e contra um regime desdenhoso", declarou Moussa.
A Liga Árabe informou que poderia apoiar a implementação da zona, mas se opôs a uma intervenção militar.Na sexta-feira, a União Europeia e os Estados Unidos insistiram na possibilidade de utilização de "todas as opções" contra o regime de Muamar Kadhafi. Mas os 27 países membros da UE destacaram que qualquer ação estava condicionada a "uma necessidade demonstrada, um base jurídica clara e o apoio da região".
A União Africana, por sua vez, encarregou os presidentes da Mauritânia, Congo, Mali, África do Sul e Uganda de formar um comitê de alto nível para ajudar na decisão que colocará um fim ao conflito na Líbia.