Jornal Estado de Minas

Tsunami causa poucos estragos na costa dos EUA

Agência Estado
Não foram grandes os estragos causados na costa oeste dos Estados Unidos pelo tsunami gerado pelo terremoto de 8,9 graus de magnitude no Japão. Cais destruídos e barcos danificados concentraram as perdas, em especial no Havaí, e nos estados do Oregon e da Califórnia. "Nunca pensei que veria isso novamente", afirmou Ted Scott, um aposentado que vive há décadas em Crescent City, Califórnia. Ele lembra que em 1964 um tsunami matou 11 pessoas na cidade, 17 em toda a costa oeste. Ali, um homem foi arrastado para o mar ontem, mas foi resgatado por dois nadadores. No total, 35 barcos foram destruídos por ondas de 2,4 metros.
Os alertas foram eficientes e as populações costeiras tiveram horas para refugiar-se em lugares mais altos ao longo do Pacífico. Bem diferente do que ocorreu em 2004, quando o tsunami que matou 234 mil pessoas em 12 países do Oceano Pacífico pegou a todos de surpresa. "Esta é uma época diferente. Tivemos os alertas muito rapidamente. Não seria possível fazer isso em 2004", disse Gerard Fryer, geofísico do Centro de Alerta contra Tsunamis no Pacífico.

Dez minutos depois de o Japão ter sido abalado pelo maior terremoto de sua história, o centro já tinha emitido o alerta. O tsunami correu para o leste a 800 km por hora, mais rápido que um jato, mas ainda assim as áreas que seriam potencialmente atingidas foram avisadas com bastante antecedência.

As ondas do tsunami atingiram o Havaí ainda na sexta-feira, cobrindo estradas em frente às praias e chegando até a beira dos hotéis. Uma casa foi carregada para o mar. No estado do Oregon, as ondas ficaram um pouco mais altas. Em Brookings, na divisa com a Califórnia, quatro pessoas foram à praia ver as ondas e foram carregadas para o mar. Duas conseguiram nadar até a praia e as outras tiveram que ser resgatadas. Dez barcos foram destruídos ali. Na América do Sul, países como Chile, Peru e Equador reportaram ondas apenas um pouco mais elevadas.