O terremoto de sexta-feira no Japão pode ter deslocado a ilha 2,4 metros, anunciou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). "Oito pés (2,4 metros) é um número importante", disse o sismólogo Paul Earle à AFP.O sismo de magnitude 8,9, o mais potente registrado até agora no Japão, e o tsunami que se seguiu deixaram mais de 3.000 mortos e desaparecidos, segundo contagem provisória da polícia e da AFP.
Reator
O governo japonês advertiu neste domingo que existe novo risco de explosão na central nuclear de Fukushima, devido a um acúmulo de hidrogênio no reator Nº 3.No entanto, segundo o porta-voz do governo, Yukio Edano, mesmo em caso de explosão "não haverá problemas no reator".
Segundo ele, a ocorrida sábado no nível do reator Nº 1, da mesma usina nuclear, a 250 km de Tóquio, também possa ter sido causada por um acúmulo de hidrogênio na parte superior do prédio onde fica o reator.
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O número oficial de mortos pelo tsunami que se seguiu ao terremoto de sexta-feira subiu neste sábado para 1.800. A cifra de desaparecidos e desabrigados encontra-se ainda na casa dos milhares. Só na praia da cidade de Sendai, a mais afetada pela onda gigante que se seguiu ao tremor, cerca de 300 corpos foram encontrados. As autoridades temem ainda pelo destino de 10 mil moradores da cidade portuária de Minamisanriku, com os quais todo o contato foi perdido.
Especialistas de todo o mundo estão mobilizados para ajudar o Japão a evitar um desastre nuclear semelhante ao de Chernobyl, que causou a morte de 25 mil pessoas na Ucrânia sob dominação soviética, em 1986. Moradores da região onde está a usina atômica de Fukushima foram obrigados a abandonar suas casas. Cerca de 45 mil pessoas estão em abrigos emergenciais - 800 delas ainda estavam próximas da usina no momento em que houve a explosão do primeiro reator do complexo.