Policiais instalados em telhados fizeram disparos e jogaram gás lacrimogêneo contra mais de 100 pessoas que acampam há semanas nas proximidades da Universidade de Sanaa, num protesto que exige a saída do presidente do Iêmen. Um iemenita morreu no ataque.
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Repressão a protestos deixa seis mortos no IêmenAtaque da polícia contra manifestação no Iêmen deixa um mortoLíder do Iêmen propõe adoção de regime parlamentarista Estados Unidos denunciam violência no Iêmen e no BahreinNa província de Áden, no sul do país, manifestantes invadiram uma delegacia e apreenderam as armas do local depois que os policiais fugiram, disseram testemunhas. Na província de Taiz, confrontos entre manifestantes e policiais deixaram pelo menos quatro feridos, também segundo testemunhas.
Desde meados de fevereiro o Iêmen tem registrado várias manifestações. Mas antes mesmo da onda de protestos, o governo do país já estava fraco e lutava para combater uma das divisões mais ativas da Al-Qaeda, além de uma rebelião separatista no sul e um levante xiita no norte.
Os protestos no Iêmen são parte de uma onda de levantes que varre muitos países árabes. Eles pedem a saída do presidente Ali Abdullah Saleh após 32 anos no poder, exigência rejeitada pelo presidente. Saleh disse que não vai tentar a reeleição em 2013, quando termina seu atual mandato, e se ofereceu para formar um governo de união com integrantes da oposição. Mas as ofertas não agradaram aos manifestantes.
Neste domingo, Saleh demitiu um parente próximo que ocupava um importante posto militar. Mais tarde, ele anunciou seu apoio aos manifestantes. O major-general Abdel Illah al-Qadi disse aos jornalistas que pretende visitar os manifestantes em Sanaa ainda neste domingo. O filho de Al-Qadi, Mohammed, já deixou o governista Partido do Congresso.
Abdel-Bari Degheish, que deixou seu cargo no Parlamento, disse que um manifestante morreu em Áden neste domingo em razão dos ferimentos sofridos no dia anterior, o que eleva para sete o total de mortos durante os protestos de sábado.