Jornal Estado de Minas

Região com risco nuclear abriga 400 brasileiros

AFP

Médicos avaliam o nível de radiação em mulher na cidade de Nihonmatsu, província de Fukushima - Foto: Yomiuri Shimbun/Reuters 

Cerca de 400 brasileiros moram na província de Fukushima, Nordeste do Japão, região afetada pelo sismo e maremoto na sexta-feira, e agora pelo colapso das instalações nucleares, informou este domingo a chancelaria brasileira.

Confira o infográfico sobre o risco de desastre nuclear

"As estatísticas que nos passaram o ministério do Interior do Japão são de que na província de Fukushima havia 383 brasileiros no último censo de 2009. Estimamos que esta cifra não mudou e que são cerca de 400 brasileiros hoje na região", disse um porta-voz da chancelaria.

O governo japonês considerou este domingo que é possível que tenha se desencadeado um processo de fusão do núcleo nos reatores um e três da usina nuclear Fukushima 1, situada na parte nordeste do país, arrasada por um sismo e um maremoto. Pelo menos 200 mil pessoas foram evacuadas da zona de perigo nuclear.

Na cidade de Sendai, uma das mais afetadas pelo terremoto e o maremoto, calcula-se que os brasileiros sejam entre 15 e 20, disse a fonte. "Por enquanto não há notícias de vítimas entre cidadãos brasileiros", informou o ministério brasileiro.

Confira o infográfico sobre o terremoto no Japão

No Japão vivem mais de 250 mil brasileiros que consituem a terceira comunidade estrangeira, principalmente concentrados no sul do país, não afetado pelo sismo. Organizações brasileiras, o governo e a embaixada em Tóquio se concentraram em estabelecer contatos entre as famílias no Brasil e no Japão desde o acidente. E a Cruz Vermelha lançou no sábado um site web em português destinado a reunir e localizar familiares.

O Brasil recebe imigrantes japoneses há mais de 100 anos. Estima-se que a comunidade japonesa no Brasil seja a maior do mundo fora do Japão, com 1,5 milhão de descendentes.