O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, expressou contentamento com a afirmação da chanceler alemã, Angela Merkel, que se posicionou contra a invasão internacional na Líbia.
Em seu programa de rádio semanal, Chávez afirmou que lhe pareceu "muito inteligente a decisão da chanceler alemã, que disse não estar de acordo com uma invasão na Líbia, mesma posição do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e do mandatário chinês, Hu Jintao".
Declarou, além disso, estar "alegre porque a União Africana designou uma comissão de presidentes do continente para pedir que a Líbia pare com os enfrentamentos e repudie qualquer intervenção imperial [americana] ou estrangeira".
O mandatário venezuelano garantiu que alguns países "querem o petróleo líbio sobre um milhão de mortos" e acrescentou que os "ianques" já estão prontos para a invasão junto a alguns de seus aliados.
Segundo ele, as "as labaredas dessa guerra poderiam chegar à Espanha, Itália e França porque estão próximas ao território líbio".
Para Chávez, a situação deve ser enfrentada com mecanismos de integração.
Há cerca de duas semanas, o líder venezuelano propôs a criação de uma comissão mediadora para visitar a Líbia para, dessa forma, encontrar uma solução pacífica à crise. Na mesma ocasião, ele afirmou que os Estados Unidos estavam brincando com fogo e que era "hora de ser fazer política, evitemos fazer uma nova guerra".