Brasileiros vindos do Japão que desembarcaram nesta segunda no Aeroporto Internacional de Guarulhos relataram a situação de calamidade decorrente do forte terremoto de sexta-feira, seguido de um tsunami que varreu comunidades inteiras na costa nordeste japonesa. Neusa Igha, que trabalhava como cozinheira em Saitama, no Norte do país, disse que a cidade dela pouco sofreu com o sismo, mas as cidades mais próximas do epicentro do tremor ficaram destruídas. %u201CPassei um susto muito grande, foi terrível, teve cidades que foram destruídas totalmente, não tem mais nada. O pessoal está em uma situação muito difícil. Morreram muitas pessoas. Estamos doando materiais, alimentos e dinheiro%u201D, afirmou. Apesar de viver no Japão há muitos anos e de já ter passado por outros terremotos, Neusa destacou que o tremor da última sexta-feira foi o de maior intensidade que ela já sentiu. %u201CFaz 20 anos que estou no Japão. Tudo começou a tremer, estávamos no subsolo e todo mundo subiu. Depois, começou de novo, e foi assim várias e várias vezes. Já tinha passado por isso, mas nunca foi tão forte%u201D. Carlos Fumoto, operário e morador da cidade de Toyota, na Região Central do país, disse que nunca tinha sentido um tremor de terra tão violento e que temeu pelo desmoronamento da casa onde mora. %u201CA gente nunca experimentou um terremoto de grau muito grande . E fica a preocupação se vai cair alguma coisa, se a casa vai cair%u201D.