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Com atualização, terremoto no Japão é o 4º mais forte do mundoSismólogos dos EUA elevam a 9,0 magnitude do terremoto no JapãoJapão exclui repetição de Chernobyl, apesar de nova explosão em usina nuclearFamília assistiu a avanço de onda e sobreviveu por pouco em cidade arrasadaNível de radiação sobe e já "pode prejudicar a saúde", diz governo japonêsNível de radiação sobe em Fukushima e governo manda evacuar área próximaBolsa de Tóquio abre em queda enquanto governo tenta segurar economiaA afirmação foi feita após equipes tentarem resfriar as barras de combustível do reator durante cinco horas, injetando água do mar.
“'O reator não está necessariamente em uma condição estável”, disse o chefe de gabinete Yukio Edano, em entrevista coletiva na manhã de terça-feira, no horário do Japão.
Gabinete de crise
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, afirmou também na manhã de terça-feira que o governo e a Tokyo Electric Power Co (Tepco), empresa que opera a usina, criarão uma equipe para enfrentar a crise nuclear que o país enfrenta.
Além de Kan, integraram a equipe os ministros da Econmia e Comércio e Indústria do Japão, além do presidente da Tepco. “A situação continua preocupante, mas espero que com essa iniciativa a gente consiga superar a crise”, disse Kan. “Vou tomar todas as medidas para que os danos não aumentem”, afirmou o premiê.
Mais cedo, o Japão pediu formalmente aos Estados Unidos e à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) --que integra a ONU (Organização das Nações Unidas)-- ajuda para controlar suas usinas nucleares. Os pedidos foram feitos depois que as autoridades japonesas informaram que as barras de combustível do reator 2 da usina estariam novamente expostas devido a uma queda do nível da água de resfriamento, aumentando os receios de uma eventual fusão dos reatores.
Segundo a emissora japonesa NHK, as tentativas de resfriar a temperatura dentro da câmara do reator número 2 não funcionaram. Por isso, o bombeamento de água no circuito de refrigeração teve que ser bloqueado, reduzindo o nível de água dentro do reator e impedindo o resfriamento da temperatura das barras, segundo informou a operadora Tepco à imprensa local.
Explosões e vazamentos
A usina Fukushima foi alvo de duas explosões desde o terremoto que atingiu o país na sexta-feira. Depois de uma explosão provocada por acúmulo de hidrogênio no recipiente secundário de contenção dos reatores número 1 e 3, o reator número 2 da central apresentou uma pane nesta segunda-feira.
Por conta das explosões, o nível de radiação chegou a ficar oito vezes maior do que o normal no entorno da usina e mil vezes acima do padrão dentro do reator. O governo japonês ordenou que dezenas de milhares de famílias que vivem num raio de 20 km das usinas nucleares deixassem suas casas.
No entanto, a radiação liberada nas usinas nucleares é considerada baixa e não oferece riscos à saúde e ao ambiente. As medidas de precaução tomadas pelas autoridades locais permitem descartar, por enquanto, qualquer efeito à saúde humana, indica o Comitê Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear).
"Por enquanto, do ponto de vista da saúde pública, não estamos preocupados", declarou, nesta segunda-feira, à agência Efe, Malcolm Crick, do secretariado da Unscear em Viena. Segundo o especialista, de acordo com a informação que se dispõe até agora, "todas as emissões (radioativas) que ocorreram são de muito baixo nível".
"São níveis acima do normal, mas em nenhum caso representam uma ameaça para a vida", explicou Crick. Segundo ele, é preciso acompanhar e analisar a situação cuidadosamente, até que a situação nas usinas nucleares volte a estar sob controle.