Dentro dos padrões permitidos por sua segurança, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terá contato, durante sua passagem pelo Brasil, sábado e domingo, com algumas das coisas mais típicas que o país tem a oferecer. Ele visitará o Cristo Redentor e a Cidade de Deus, onde deverá não só conhecer o trabalho das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas também o que é desenvolvido pela Central Única das Favelas (Cufa). Em Brasília, a expectativa é conseguir um tempo na agenda para que ele, a mulher, Michelle, e as filhas, Sasha e Malia, apreciem um pouco da cultura brasileira.
Obama, contudo, também deixará aos brasileiros lembrança de sua passagem, com um discurso para o qual são esperadas até 20 mil pessoas na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. A embaixada dos Estados Unidos confirmou ontem o evento marcado para domingo, em frente ao Theatro Municipal, na Praça Floriano Peixoto. É provável que Obama fale da sacada frontal do teatro, local que foi inspecionado ontem por uma equipe da Casa Branca e do FBI (polícia federal americana). Haverá telões espalhados pela praça, para que o público possa acompanhar o discurso.
Para atrair a população, a embaixada tem usado redes sociais, como o Facebook e o Twitter, para promover a visita e este evento especificamente, e já avisou que haverá tradução do discurso. Tudo para garantir que o público compareça, em um domingo de clássico entre Vasco e Botafogo, no Estádio Engenhão. Cerca de 3 mil convites serão enviados a autoridades e personalidades, que terão um local reservado. Apesar de ser um evento aberto e gratuito, a embaixada divulgou que não serão permitidas bolsas ou mochilas, orientando o público a comparecer "apenas com carteira e documentos".
Por razões de segurança, a escolha da Cidade de Deus está quase certa. Além de não estar situada em morro, o policiamento na favela é facilitado por suas ruas mais largas que as outras comunidades cariocas.
A família Obama chega ao Brasil no sábado pela manhã, e o presidente seguirá diretamente para o Palácio do Planalto, onde subirá a rampa com a presidente Dilma Rousseff. Depois de um encontro reservado e outro com ministros e secretários dos dois lados, o presidente segue para o Itamaraty, onde encerra o fórum de CEO's (principais executivos de grandes empresas) e participa de almoço em sua homenagem.
À tarde, Obama abre um encontro empresarial que reunirá mais de 100 representantes de companhias dos dois países no Centro de Convenções Brasil 21. A programação do fim de sábado ainda está em aberto, mas um coquetel mais íntimo no Palácio do Alvorada, com as famílias do visitante e da anfitriã, ainda está nos planos do governo brasileiro – bem como um show reservado e breve do compositor João Donato, que já foi convidado para tocar para Obama.