Um novo incêndio começou nesta terça-feira no reator 4 da central nuclear de Fukushima, um dia depois de uma explosão provocar um primeiro incêndio e danificar o teto do edifício que abriga o reator, anunciou a imprensa japonesa.
Um funcionário da companhia de eletricidade confirmou que saiu fumaça do edifício do reator 4, explicou um porta-voz da Tokyo Electric Power (TEPCO).
Uma série de problemas graves afetam a central de Fukushima, localizada a 250 km a nordeste de Tóquio, desde o terremoto seguido de tsunami da sexta-feira.
Desde então, cada um dos reatores 1, 2 e 3 registrou uma explosão, assim como o 4, que no momento do terremoto estava em manutenção. Essa explosão, provocada na terça-feira por hidrogênio, iniciou um primeiro incêndio que perfurou o teto do edifício desse reator.
Esse primeiro incêndio foi apagado nesta terça-feira pelo exército americano.
Preocupação
Segundo os cientistas, se os níveis de radiação continuarem a aumentar nas usinas nucleares do Japão, trabalhadores precisarão ser retirados e as medidas de resfriamento poderão falhar.
"Estou muito preocupado com o fato de as atividades atuais terem se tornado mais e mais desafiadoras caso os níveis de radiação continuem subindo para os trabalhadores que estão atuando no local", disse o físico Edwin Lyman, especialista em plantas de usinas nucleares.
Níveis de radiação em torno da usina de Fukushima No.1, na costa leste, "subiram consideravelmente", informou o primeiro-ministro Naoto Kan mais cedo, e seu porta-voz anunciou que atingiu o ponto de representar um perigo para a saúde humana.
Mais radiação em Tóquio
Em Tóquio, 250 km a sudoeste, autoridades também afirmaram que os níveis de radiação estavam acima do normal na capital, a maior área urbana do mundo, mas não em níveis prejudiciais.