Jornal Estado de Minas

Feridos estão com dificuldades de deixar a Líbia, advertem Nações Unidas

Agência Brasil
A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) advertiu que o governo do presidente da Líbia, Muamar Kadafi, atua para impedir a saída do país de feridos em consequência dos confrontos entre as forças leais ao regime e os oposicionistas. A porta-voz da Acnur, Melissa Fleming, disse que poucas vítimas conseguem chegar à fronteira da Líbia com a Tunísia e o Egito. As informações são das Nações Unidas. "Normalmente, em um deslocamento maciço dessa natureza, a expectativa é ver um número significativo de mulheres e crianças feridas, mas até agora o nosso pessoal na fronteira tem visto muito poucos", disse ela.
Pelos dados das Nações Unidas, cerca de 285 mil pessoas, a maioria trabalhadores migrantes – oriundos de países africanos, além de chineses e paquistaneses - deixaram a Líbia desde 15 de fevereiro, quando começaram os protestos contra Khadafi.

Paralelamente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) tenta ajudar as crianças que estão nas regiões conflito. Para essas áreas e principalmente para as fronteiras foram enviadas 47 toneladas de alimentos, água e medicamentos.

A crise na Líbia pode ter causado mais mil mortes, segundo dados de organizações não governamentais. Há denúncias de violação aos direitos humanos e crimes contra a humanidade, como torturas e assassinatos. Forças leais a Kadafi e a oposição se enfrentam e tentam ampliar os domínios nas principais regiões do país.